Não trás nada de novo, mas entretém. A dupla mais e ega é de envolvente e as suas personalidades de certa forma bem desenvolvidas como sendo dois jovens que sabem que tem muito a viver. O filme faz um contraponto sobre a vida destes dois com o final do filme dizendo que estes nunca tiveram de se esforçar na vida, reconhecendo um pouco da superficialidade dos seus caráters o que de certa forma torna a obra mais rica.
O cenário assumidamente falso foi uma decisão criativa muto eficaz e não perturba, talvez estranhe no ínicio, mas depois é como se estivesse o mais caro dos CGI.
O que tenho a criticar é o que já critiquei em muitos filmes inclusive deste diretor, e são os diálogos, a falta de desenvolvimento dos personagens. Falando deste segundo ponto, a mim não me incomodou muito porque eu conheço a obra, mas para alguém que nunca ouviu falar do Eça de Queiroz pode ser um pouco complicado entrar no filme a 100% pois só com muito esforço é que ela vai conseguir preocupar-se com esses personagens.
O romance entre Maia e Eduarda parece ser forçado e não é muito bem desenvolvido.
Concluindo, o filme não é mau, mas a quantidade de momentos fulcrais, que podiam ter sido desenvolvidos aí invés de algumas cenas dispensáveis prejudicou consideravelmente a experiência, já para não falar que as interpretações não são as mais cativantes, apesar de cumprirem o seu propósito.
Nota: ⭐⭐⭐ (6/10)