FILMES NOTA 08
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- DirectorLars von TrierStarsKirsten DunstCharlotte GainsbourgKiefer SutherlandTwo sisters find their already strained relationship challenged as a mysterious new planet threatens to collide with Earth."O que me incomodou nesta combinação de "Festa de Família", de Vinterberg, e "Luz de Inverno", de Bergman, não foi a câmera tremida nem o tema musical, mas sim toda a 1a parte do filme, que além de não contribuir com o tema central, dilui a força da 2a." (Regis Trigo)
"Von Trier continua ousando e com Melancolia cria cenas aterrorizantes e fortes, que ficarão na cabeça de muitas pessoas. Poderia ser um pouco mais curto, mas Melancolia remete a seu melhor cinema." (Alexandre Koball)
"A primeira sensação foi de estranheza, de vazio; sensação essa que só foi esclarecida depois, pela angústia, depressão, aceitação, pelo fim. O começo e o final são duas das maiores experiências sensoriais do ano, a glorificação à imagem e ao som." (Rodrigo Cunha)
"O desconforto ao fim da sessão foi inevitável: o conformismo e a completa falta de perspectiva imergem os personagens na depressão que Trier desenvolveu. Quantas cenas inesquecíveis!" (Priscila Sampaio)
"Sadismo do diretor felizmente atenuado nesse filme sobre a depressão. Trier fez uma espécie de compêndio de quase todos os clichês possíveis do cinema dito de arte." (Demetrius Caesar)
"Melancolia é, também, sobre passagens. Das culturais e das naturais, mas com recado claro: a falta de perspectiva com o futuro. Trier, novamente, envoca o cinema sensorial e de significados, mas sem a força de grandes obras passadas." (Emilio Franco Jr)
"Richard Wagner poderia ser creditado como co-autor involuntário do filme: muitos dos momentos mais sedutores de Melancolia (com sua beleza visual quase sempre soando como pura perfumaria) se dão pela utilização constante do tema de Tristão e Isolda." (Vlademir Lazo)
"Visceral e devastador!" (Junior Souza)
"Trier em seu trabalho mais maduro e bem executado, mostrando um domínio maior sobre cada detalhe da produção, deixando de lado qualquer tipo de afetação e provando assim que pode ser espetacular quando abre mão de suas babaquices apelativas." (Heitor Romero)
"Com câmera em punho, tradicionalmente trêmula, mas com impressionante domínio espacial e sensorial, Lars von Trier entrega um projeto artisticamente esplêndido e recheado de simbolismos." (Marcelo Leme)
"Deprimente." (Daniel Dalpizzolo)
"Se a primeira metade é irregular, com as atitudes dos pesonagens soando artificiais, a segunda é maravilhosa, desenvolvendo os temas propostos com uma bela metáfora e cenas de impacto. Sem falar nos minutos iniciais, talvez as cenas mais lindas do ano." (Silvio Pilau)
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''Um asteroide se aproxima perigosamente da Terra: haverá colisão? Digamos que esse - o eventual fim do mundo - é o falso problema proposto em "Melancolia". Ou talvez seja uma metáfora do estado mental de Justine (Kirsten Dunst), a moça que vai se casar no início do filme. Isso que no passado se chamava "bile negra" é uma espécie de desânimo, de indiferença do mundo, de depressão. De tudo um pouco, mas com uma cara própria, única: a da melancolia. Talvez fosse o estado de Lars von Trier ao conceber seu filme. Um filme, diga-se, de imagens não raro marcantes. Nenhuma, penso, tão significativa quanto aquelas, no início, em que a limusine dos noivos tenta fazer uma curva, mas o carro é maior do que a estrada. Dobrar essa impossível curva talvez seja, afinal, a nossa existência, na visão de Von Trier'' (* Inácio Araujo *)
"Em 2007, Lars von Trier anunciou que estava em depressão e não sabia se faria mais filmes. Tentou fazer terapia, mas logo abandonou, ao perceber que a racionalização dos seus medos não faria bem para sua arte. Nos anos anteriores, seu cinema havia atingido o ápice de uma narração fabular, fruto de roteiros muito elaborados (Dogville, Manderlay). Com a crise pessoal, a capacidade de contar uma boa história ficou comprometida. O Grande Chefe, uma comédia (gênero que mais depende de um bom roteiro), foi o maior sintoma desse impasse. Um grande artista pode se perder de vez com uma depressão profunda, mas, se sair dela, pode usá-la para dar nova perspectiva à obra. Ao sair da depressão, Von Trier encontrou uma nova vitalidade, investindo com menos força nas palavras e mais fé nas imagens. Anticristo e o novo "Melancolia" são tomados de lacunas narrativas que servem mais a expressar um sentimento do que a contar uma história com começo, meio e fim. A conexão entre sentimento e mundo externo é evidente já no título: Melancolia é o nome do planeta que ameaça engolir a Terra poucos dias depois do casamento de Justine (Kirsten Dunst). Von Trier explora aqui como poucos diretores contemporâneos as infinitas possibilidades do cinema: um prólogo ao modo das óperas, que impõe o tom do filme ao som de Wagner; uma trajetória que vai do grandioso ao prosaico e de volta ao grandioso; uma divisão em duas partes de mesma duração, mas totalmente distintas. Na primeira, que lembra estranhamente Festa de Família, do colega Thomas Vinterberg, a festam de casamento se desenrola entre inúmeros personagens, com certo humor e leveza vazados aqui e ali por episódios de estranhamento absoluto. Na segunda, mais negra, apenas quatro personagens vivem a angústia do fim do mundo, isolados em grandes espaços abertos. As lacunas que atravessam "Melancolia" vão aos poucos impondo sua força. Como explicar (reduzir à lógica) um estagiário que precisa arrancar da noiva um slogan durante a festa, colando nela como uma sombra; um noivo que desaparece sem deixar traço; uma noiva que mal consegue andar presa num emaranhado de lã; um bolo de carne com gosto de cinzas; um banho de lua; uma caverna mágica feita de poucos gravetos? Esses elementos potencializam o mistério em torno do fim iminente. Após uma longa fase de mulheres vítimas da injustiça humana, alvos de sacrifício e expiação (Ondas do Destino, Os Idiotas, Dançando no Escuro, Dogville), o Von Trier pós-depressão reinventou suas personagens femininas. Elas são agora o receptáculo das forças de uma natureza sempre má e destruidora, longe do ideário ecológico ingênuo que prega que essa natureza, assim como o bom cristão, devolve apenas o bem a quem lhe trata bem. Quanto mais o fim se aproxima, mais Justine se harmoniza e sintoniza sua melancolia com a da Terra agonizante. À irmã e ao cunhado, encarnações da ordem e da lógica, só resta o desespero diante do fim inexplicável e irreversível. Depois do linchamento moral que recebeu no Festival de Cannes por ter destilado ironias sobre o nazismo, Von Trier anunciou publicamente que não dará mais entrevistas, coletivas ou individuais, porque não possui as habilidades para se expressar inequivocamente. Rezemos então para que ele continue fazendo filmes que falem por si. Quanto menos Von Trier se entende, mais potente fica o seu cinema." (Thiago Stivaletti)
"Belíssimo prólogo, atuações incríveis e uma fotografia arrebatadora. Além disso, o retrato digno de uma pessoa depressiva e uma reflexão sobre a vida muito menos profunda e complexa do que o esperado de um filme tão badalado." (Rodrigo Torres de Souza)
"Onde tudo podia ser introspecção, a melancolia aqui tem forma escancarada e histérica -só de já começar de cara com "Tristão e Isolda" no último volume dá pra se ter uma ideia. Nem tanto um filme ruim, mas é mais perturbado do que perturbador." (Juliano Mion)
2011 Palma de Cannes - DirectorChristine JeffsStarsAmy AdamsEmily BluntAlan ArkinIn order to raise the tuition to send her young son to private school, a mom starts an unusual business -- a biohazard removal/crime scene clean-up service -- with her unreliable sister.
- DirectorHenry HathawayStarsMarilyn MonroeJoseph CottenJean PetersAs two couples are visiting Niagara Falls, tensions between one wife and her husband reach the level of murder.
- DirectorFederico FelliniStarsFreddie JonesBarbara JeffordVictor PolettiIn 1914, a luxury ship leaves Italy in order to scatter the ashes of a famous opera singer. A lovable bumbling journalist chronicles the voyage and meets the singer's many eccentric friends and admirers."A odisseia de Fellini." (Heitor Romero)
- DirectorJohn FordStarsJohn WayneClaire TrevorAndy DevineA group of people traveling on a stagecoach find their journey complicated by the threat of Geronimo and learn something about each other in the process."Um grupo de excelentes personagens e as relações bem construídas entre eles, tudo realçado pela direção de Ford que constrói algumas das mais impressionantes cenas do gênero para a época. Um grande filme, que pouco envelheceu." (Silvio Pilau)
"Uma espécie de Cidadão Kane do western." (Heitor Romero)
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''Impossível passar pelo cinema sem ver "No Tempo das Diligências". Ali há, primeiro, o mito da América como pátria formada por homens íntegros, anônimos, morais porém mas não moralistas. São, mais que isso, diversos: a deligência é ocupada por sulistas e nortistas, senhoras e prostitutas. Essa gente atravessa o deserto, enfrentam índios etc. São bravos, por certo, num quadro juvenil, otimista: representa-se um país que cersce, no momento em que a Depressão chegava ao fim e uma guerra justa se anunciava. Há ali o renascimento do faroeste, gênero que havia ficado em baixa desde o crack da Bolsa, há um John Ford explorando paisagens áridas e magníficas. Há uma noção cavalheiresca de honra e o espírito de justiça de uma nação que se crê construída sobre essa ideia. Ah, e ainda é o filme que revelou John Wayne.'' (* Inácio Araujo *)
12*1940 Oscar - DirectorF.W. MurnauStarsMax SchreckAlexander GranachGustav von WangenheimVampire Count Orlok expresses interest in a new residence and real estate agent Hutter's wife."A sequência em que Nosferatu aproxima-se do quarto de sua vítima no clímax do filme segue arrepiante nos dias de hoje, com uma arquitetura de tensão e horror que impressiona e fascina. Filme precursor de Murnau." (Daniel Dalpizzlo)
"Se Murnau usou a estética carcterística do expressionismo alemão para realçar a imagem de monstro sem alma de Nosferatu, Herzog usa sua versão para inserir características do novo cinema alemão e fazer do vampiro um ser amargo pela injustiça do homem." (Heitor Romero)
Top 250#243 - DirectorJosef von SternbergStarsEmil JanningsMarlene DietrichKurt GerronAn elderly professor's ordered life spins dangerously out of control when he falls for a nightclub singer."Levou Marlene Dietrich ao status de deusa do cinema. É divertido, trágico e fundamental dentro da história do cinema alemão." (Alexandre Koball)
- DirectorAbel FerraraStarsHarvey KeitelBrian McElroyFrank AcciaritoWhile investigating a young nun's rape, a corrupt New York City police detective, with a serious drug and gambling addiction, tries to change his ways and find forgiveness and redemption."A interpretação de Harvey Keitel - uma das melhores dos anos 1990 - já vale o filme. A cena em que ele molesta as duas moças no carro é impressionante." (Regis Trigo)
"O Ferrara mal-assombrado; um passeio pelo inferno." (Luis Henrique Boaventura)
"O americano Abel Ferrara diride seus filmes sem estabelecer nenhum limite, criando personagens e roteoros as vezes até incoôdos. "Vício Frenético", que mostra uma atuação magnífica de Harvey Keitel, é seu melhor lomga. Um policial corrupto, drogado e viciado em jogo é encaregado de investigar um estupro de uma jovem freira. A trama segue a linha de que "nada é o que parece", mas as questões morais ganham mais importância do que a resolução do crime. Filmaço." (Thales de Menezes) - DirectorJan de BontStarsKeanu ReevesDennis HopperSandra BullockA young Los Angeles Police Department (LAPD) Special Weapons And Tactics (SWAT) officer must prevent a bomb exploding aboard a city bus by keeping its speed above 50 mph.67*1995 Oscar
- DirectorsJoel CoenEthan CoenStarsJohn GetzFrances McDormandDan HedayaThe owner of a seedy small-town Texas bar discovers that one of his employees is having an affair with his wife. A chaotic chain of misunderstandings, lies, and mischief ensues after he devises a plot to have them murdered."Da soma da pretensão inocente, o entusiasmo e anos de cinefilia reprimida que só o primeiro filme é capaz de expor." (Luis Henrique Boaventura)
"Mais que um debute genial, o "suspense de erros" dos Coen é também sua maior obra-prima - bem como o trabalho mais admirável de Barry Sonnenfeld, soberbo na direção de fotografia." (Rodrigo Torres de Souza)
''Há algo de imponderável e patético que assombra o sucesso dos personagens dos filmes de Joel e Ethan Coen. Pais duros, esses cineastas julgam seus filhos sempre como boçais, quando não cruéis, reféns cujo destino está entregue ao acaso. É uma descrença que eles têm na ação humana, recorrente em toda a sua filmografia, desde o primeiro longa, o noir "Gosto de Sangue", rodado em 1982 e lançado dois anos depois. Agora ele chega aos cinemas em nova versão, director's cut, com minuto a menos e mudanças quase mínimas, o que evidencia o quanto esses cineastas também suspeitam da sagacidade alheia. Em "Gosto de Sangue", a tal engrenagem superior que seqüestra os personagens para um desfecho patético e maior que eles funciona bem. Sobretudo porque aqui estamos no mais cinefílico dos filmes da dupla, mas feito sob baixo regime orçamentário, o que exige certa dose de talento. No noir, a trama sempre se apóia na animalidade que alimenta a sobrevivência humana, e aqui a ironia é levada a um extremo atípico no gênero. Só Orson Welles, no também noir A Dama de Shangai (47), sorriu amargo sobre a falta de sagacidade de seu protagonista. Mas a diferença é que Welles se colocava (fisicamente) ao lado do otário, ao passo que os Coen avistam tudo do alto, como deuses. Um marido traído contrata um detetive (M. Emmet Walsh) para assassinar sua mulher (Frances McDormand) e o amante (John Getz). O assassino, percebendo que de repente é melhor matar uma pessoa apenas, tenta trapacear o mandante. É ele, então, quem derrubará a primeira peça que fará o dominó desmoronar, num mecanismo típico dos Coen. Os equívocos vão tomando as rédeas da trama. Os imprevistos aumentam como bola de neve e a metáfora escolhida pela dupla cineasta é a mancha de sangue que parece jamais sair do enquadramento. Não há visão distópica mais brutal que essa. Esse olhar niilista e altivo, que já começa o filme dissertando sobre o Texas ser a terra do cada um por si, é menos aguda que arrogante, um olhar de superdeus assistindo à incompetência do homem na Terra, que só toma ciência das coisas no último instante de vida (ou de filme). Basta lembrarmos dos boçais cujos projetos sempre caem por terra em Matadores de Velhinha, do escritor em vazio criativo de "Barton Fink" ou o sucesso acidental dos bambolês criados pelo nerd da comédia capriana Na Roda da Fortuna. Não sendo uma comédia de erros, o filme desenha um destino doído a seus desgraçados, falência plena de projetos. No mais, Gosto... é um belíssimo exercício de cinema independente, levado por uma câmera que conduz o espectador para dentro da trama, além da sua moderníssima secura narrativa que destoa do lamê presente no resto da supervalorizada filmografia dos irmãos Coen." (Paulo Santos Lima)
"Perturbadora história de uma jovem esposa que tem um caso com um dos empregados do seu marido, o rico dono de um bar no Texas. Ao descobrir a traição, contrata um detetive de divórcio sulista inescrupuloso para matá-los. Mas o tiro sai pela culatra. Filme de estréia dos premiados Irmãos Coen, Gosto de Sangue é uma obra de imagens fortes e inesquecíveis. Em Onde os Fracos não Têm Vez, não há tanto humor negro, a câmera estilizada, o prazer cinéfilo proporcionado pelo jogo que há em Gosto de Sangue, nem a esperança metaforizada de Fargo. Nascidos para brilhar, os irmãos Coen criam um universo de perseguição, vingança e de como o ser humano pode passar de mocinho à bandido num passe de mágica. Gosto de Sangue é uma mistura perfeita de western e noir, que dá certo, pois o filme em questão é uma pérola e digno de ser chamado de clássico. "Gosto de Sangue" é a primeira obra dos recentes vencedores do Oscar. "Gosto de Sangue" é, dentre as obras que vi dos irmãos, a mais perturbadora. Gosto de Sangue não é a melhor obra dos irmãos, nem a segunda nem a terceira, na minha opinião. Entretanto, nada impede que o filme ganhe uma nota feliz e entusiasmada." (Pedro Henrique Gomes)
"Pouco conhecidos pelo grande público, mas tremendamente respeitado por cinéfilos e integrantes da comunidade cinematográfica, os irmãos Joel e Ethan Coen são donos de uma das mais consistentes carreiras do cinema independente. Vários dos filmes que dirigiram, como “Barton Fink” (1991) e “Fargo” (1996), são obras-primas de humor negro, quase sempre enfocando personagens que põem em curso, com atitudes inofensivas, uma corrente descontrolada – e às vezes sangrenta – de eventos criminais. “Gosto de Sangue” (Blood Simple, EUA, 1984) é a estréia da dupla de diretores, e confirma que os dois já eram craques desde o começo da carreira. Filmado de forma independente, sem o apoio de grandes estúdios, “Gosto de Sangue” chamou a atenção após uma vitoriosa exibição no Festival de Sundance, onde ganhou um prêmio em 1982. Antes de chegar às telas, contudo, o filme ficou no estaleiro por dois anos, esperando que os irmãos Coen conseguissem um bom contrato de distribuição. O sucesso de público não veio, mas a boa receptividade em Cannes garantiu aos Coen a continuidade de uma carreira autoral de longa duração, nos subterrâneos de Hollywood, com qualidade e consistência pouco encontradas em produtos norte-americanos. Curiosamente, para comemorar os 20 anos da estréia cinematográfica, Joel e Ethan (apenas o primeiro assina como diretor, uma atitude que virou tradição nos filmes da dupla, embora se saiba que os dois trabalham juntos no roteiro e nos sets de filmagens) se debruçaram sobre o filme para criar uma versão do diretor. Ao invés de acrescentar trechos cortados, porém, os dois fizeram o aposto: eliminaram quatro minutos, para criar um ritmo mais constante e rápido, e acrescentaram algumas canções na trilha sonora. As músicas não haviam entrado antes por falta de orçamento. O filme é a cara dos irmãos Coen, homenageando os antigos filmes noir sem, no entanto, tentar copiá-los. O evento que dá partida à trama cheia de lances desconcertantes é uma traição – nada mais noir do que isso, certo? O dono de um bar no Texas, Julian (Dan Hedaya), manda um detetive particular (M. Emmet Walsh) seguir a esposa (Francês McDormand) e confirma que ela o está traindo com um empregado do boteco (John Getz). Furioso, o homem pede que o detetive mate os dois amantes, enquanto passa uma temporada fora da cidade. O que acontece a seguir… bem, é tão inesperado que funciona melhor quando não se sabe nada sobre. As surpresas são incessantes neste longa-metragem lento, sangrento (a violência crua foi objeto de polêmica à época do lançamento original) e dono de um humor negro peculiar. As performances dos atores são excepcionais, com destaque para M. Emmet Walsh, ao mesmo tempo hilariante e aterrorizante, e para Frances McDormand, espetacular no papel de uma dama fatal às avessas. Vale lembrar que Frances só assumiu o papel depois que a amiga Holly Hunter, escalada pelos irmãos Coen, teve que recusar a oferta e a indicou. A atriz acabaria casando com Joel Coen e iniciando uma discreta parceria que culminaria com um Oscar de melhor atriz (em 1997, por Fargo). Filmaço, que conta ainda com uma bela fotografia escurecida e com a familiar atmosfera híbrida de melancolia e bom-humor, um clima que os dois irmãos cineastas se tornariam especialistas em reproduzir. A edição nacional em DVD, da Europa, não é muito boa. Sem extras, o disco contém o filme com imagem cortada nas laterais e áudio apenas razoável. A edição presente é a chamada versão do diretor, com quatro minutos a menos do que aquela lançada originalmente." (Rodrigo Carreiro) - DirectorTom ShadyacStarsJim CarreyMaura TierneyAmanda DonohoeA pathological liar-lawyer finds his career turned upside down when he inexplicably cannot physically lie for 24 whole hours.55*1998 Globo
- DirectorMarc WebbStarsZooey DeschanelJoseph Gordon-LevittGeoffrey ArendAfter being dumped by the girl he believes to be his soulmate, hopeless romantic Tom Hansen reflects on their relationship to try and figure out where things went wrong and how he can win her back."Hipócrita, o filme acaba caindo na armadilha que mais critica: este é sim apenas mais um romance hollywoodiano, e mesmo as sacadas modernosas não o tiram da mediocridade total por conta disso." (Alexandre Koball)
Hollywood produz muita coisa para adolescente. Mas, quando o foco é o sujeito de 20 e tantos anos, é difícil encontrar um filme que preste.
"(500) Dias com Ela", de 2009, é uma exceção. O diretor Marc Webb, que veio dos videoclipes, foge do clichê estrutural da comédia romântica --encontro, paixão, problemas, reconciliação. O público acompanha Tom (Joseph Gordon-Levitt, ótimo como sempre e usando bem a cara de cachorro pidão) e Summer (Zooey Deschanel, que hoje embeleza a série fraquinha New Girl). Pelo olhar dele, os altos e baixos do namoro se transformam em ritos de passagem. Um filme tão singular que o público não torce pelos dois juntos, mas sim para que Tom seja feliz, com ou sem ela." (Thales de Menezes)
"Debaixo da avalanche de artifícios indies há um interessante veículo para a graciosidade de Zooey Deschanel e o carisma de Gordon-Levitt, apesar de Mark Webb anular cada boa e sincera seqüência entre ambos com seu arsenal de ideias afetadas." (Daniel Dalpizzolo)
"A vida não é perfeita e o filme faz questão de a todo momento nos lembrar disso. Ainda que haja uma certa luz no fim do túnel, a força do filme reside justamente nesse contraste entre felicidade e tristeza." (Rodrigo Cunha)
"A melhor comédia romântica produzida nos EUA desde Harry e Sally (Regis Trigo)
"Roteiro bem costurado, direção ágil, e casal de atores em plena sintonia resultam em uma das melhores comédias românticas do cinema recente. Algumas sequências - como a realidade e o imaginário de Tom lado a lado - são de grande inspiração." (Emilio Franco Jr)
"Comédia romântica sem cair em clichês fáceis e na previsibilidade; Moderno, pop e descolado, mas sem afetação "indie"; muitas referências a música, a literatura e ao cinema, mas para compor a narrativa, e não uma finalidade "pós-moderna" em si." (Juliano Mion)
67*2010 Globo - DirectorDanis TanovicStarsBranko DjuricRene BitorajacFilip SovagovicBosnia and Herzegovina during 1993 at the time of the heaviest fighting between the two warring sides. Two soldiers from opposing sides in the conflict, Nino and Ciki, become trapped in no man's land, whilst a third soldier becomes a living booby trap.74*2002 Oscar / 59*2002 Globo / 2001 Palma de Cannes / 2002 César
- DirectorJohn SturgesStarsKirk DouglasAnthony QuinnCarolyn JonesA marshal tries to bring the son of an old friend, an autocratic cattle baron, to justice for his role in the rape and murder of the marshal's Native American wife."Um western que atinge níveis inacreditáveis de tensão." (Vlademir Lazo)
- DirectorLeni RiefenstahlStarsAdolf HitlerHermann GöringMax AmannThe infamous propaganda film of the 1934 Nazi Party rally in Nuremberg, Germany."Filme propagandista importante, historicamente e cinematograficamente falando (por utilizar inúmeras técnicas inovadoras). Apesar de seu segundo ato, um sem-fim de marchas militares, ser enfadonho, sua importância não pode ser desmerecida." (Alexandre Koball)
- DirectorRobert AldrichStarsLee MarvinErnest BorgnineKeith CarradineIn 1933, during the Depression, Shack the brutal conductor of the number 19 train has a personal vendetta against the best train hopping hobo tramp in the Northwest, A No. 1.
- DirectorCosta-GavrasStarsJosé GarciaKarin ViardGeordy CouturiauA chemist (Garcia) loses his job to outsourcing. Two years later and still jobless, he hits on a solution: to genuinely eliminate his competition.1974 César
- DirectorAlejandro G. IñárrituStarsSean PennBenicio Del ToroNaomi WattsA freak accident brings together a critically ill mathematician, a grieving mother, and a born-again ex-con."Tudo parece bem mais maduro e expressivo em relação a Amores Brutos: da solidez do argumento à potência das interpretações (de todo o elenco), com mais o adicional de todas as histórias possuírem equivalente força e profundidade dramática." (Junior Souza)
76*2004 Oscar / 2004 César / 2003 Lion Veneza - DirectorCosta-GavrasStarsJohn TravoltaDustin HoffmanAlan AldaA distraught man inadvertently takes a group of children hostage in a museum while a hungry, seasoned reporter tries to resurrect his career covering the story."O Quarto Poder", dirigido por Costa-Gavras, com os atores John Travolta e Dustin Hoffman numa história sobre a manipulação de informação pela mídia. É um Costa-Gavras menor, mas o diretor sempre vale uma conferida." (* Inácio Araujo *)
- DirectorRob ReinerStarsTom CruiseJack NicholsonDemi MooreA military lawyer intends to prove that two US Marines charged with murdering a fellow Marine were only following their base commander's orders.65*1993 Oscar / 50*1993 Globo
- DirectorAlexander MackendrickStarsAlec GuinnessPeter SellersCecil ParkerFive oddball criminals planning a bank robbery rent rooms on a cul-de-sac from an octogenarian widow under the pretext that they are classical musicians."Com um senso de humor absolutamente irônico e uma direção de arte primorosa, esta comédia de humor negro de Mackendrick é um excelente passatempo até os dias atuais." (Alexandre Koball)
29*1956 Oscar - DirectorAnthony MannStarsJames StewartShelley WintersDan DuryeaA cowboy's obsession with a stolen rifle leads to a bullet-ridden odyssey through the American West."A essência do Faroeste aos olhos de uma arma. Incluindo os pontos fracos." (Alexandre Koball)
"Um western do mestre Mann em formato road-movie com uma arma como protagonista não poderia ser nada menos que perfeito." (Daniel Dalpizzolo)
"Eu nem tinha lido a lupa do Daniel quando estava conversando com ele no Gtalk e falei EXATAMENTE a mesma coisa: praticamente um road movie com uma arma como protagonista. Genial." (Rodrigo Cunha)
"Mann orquestra um faroeste que foge aos padrões do gênero, com personagens bem construídos e uma interpretação forte de James Stewart. A encenação do duelo final é primorosa." (Silvio Pilau)
"Tudo é muito simples em "Winchester 73": dois irmãos, ambos pistoleiros, mais alguns ìndios, disputam como dementes a posse de uma Winchester muito especial (do tipo de uma a mil). Mas talvex não seja assim tão simples, e o que de primeiro nos chama atenção é o caráter demencial da disputa em que estão envolvidos. Até Anthony Mann, o Velho Oeste era habitado por bandidos e mocinhos. Com ele, a demência e a animalidade entram no circuito. Nãodá mais para observar as coisas apenas a partir da distinção entre o certo e errado, o bom e o mau. E, olhando "Winchester 73" com cuidado, talvez observermos algo que, em filmes futuros, se tornaria mais claro: não há, a rigor, dois irmãos - um bom e outro mau: somos todos seres duais, e todos capazes do melhor e do pior. Distinguir o certo do errado não é tarefa fácil, quandoi se pode optar por ficar com um monte de ouro para si, deixando toda uma comunidade na pior. Ao contrário do faroeste tradicional, o herói de Anthony Mann não é alguém que, de nascença, tenha optado pelo certo e pelo bem,que tenha certeza absoluta do que seja um ato moral ou imoral. Como o paraiso não existe, não é de espantar que o movimento de câmera favorito de Ann seja a panorâmica. É como um olhar que abarca todo espaço, que busca uma visão de conjunto, porque o bem não é um a priori. Só a observação nos leva a alguma coisa. Portanto, o herói de Anthony Mann não é um herói a priori, ele também: ele se afirma como tal na medida em que consegue perceber que só o bem comum é capaz de promover o seu próprio bem. A disputa por uma arma em "Winchester 73" é bem mais, como se vê, do que a disputa por uma arma." (* Inácio Araujo *)
''Pode-se ver "Winchester 73" ou ler na Bíblia a história de Caim e Abel. Tanto faz, no fundo, porque o filme de Anthony Mann opõe dois irmãos, um bom e outro mau, que disputam uma arma perfeita. Não são os únicos, pois estamos no Velho Oeste, terra de cobiça. "Winchester" é de 1950, e Mann já tinha filmado várias coisas (desde 1942), mas tenho a impressão de que sua visão sobre a comunidade só se desenvolveria depois. Aqui, o problema é omitido: não existe o homem perdido fora do grupo. Existem dois homens -irmãos- que são, a rigor, um só: a face boa e a face má de cada um. Há um lado bem de abstração germânica, bem Fritz Lang, neste faroeste admirável." (** Inácio Araujo **)
*****
''Winchester 73" envolve um rifle dessa marca, modelo 1873. De tempos em tempos, a fábbrica solta um exemplar mais que perfeito, o melhor de todos, e o presenteia ao atirador que mais méritos demonstrar (no quesito tiro, claro). James Stewart vai a disputa, mas seu objetivo maior não é vende-la, e sim capturar outro atirador, também ótimo, que, sabe, estará por lá. Jimmy ganha a disputa, mas o rifle é roubado. Daí por diante, ele passará de mão em mão, sempre disputado por Jimmy e seu rival. É bem aos poucos que percebemos como, a rigor, esses dois homens são um só, as partes opostas de um mesmo homem. Pois é assim com o diretor Anthony Mann: contemos bem e mal em nós, em potência. Obra-Prima absoluta. '' (* Inácio Araujo *)
''Histórias de irmãos são, geralmente, uma só, a de Caim e Abel. Esta a que Anthony Mann se dedica em "Winchester 73"Para além da disputa entre dois irmãos (o bom e o mau) por uma arma rara e perfeita, esboça-se ali o que seria o grande tema de Mann: a duplicidade do homem. Pois, a rigor, pelo menos aqui, dois irmãos não formam senão um homem." (*** Inácio Araujo ***)
"O célebre rifle de "Winchester 73" não é apenas o eixo dramático deste belíssimo filme de Anthony Mann. Ele é, sobretudo, o índice que dá corpo à complexa relação dos protagonistas.O diretor não está tratando apenas de algo simples, como o embate entre o bem e o mal. Ele parte disso para revolver outros tipos de sentimentos que abraçam dois pistoleiros, um probo (interpretado por James Stewart) e outro bastante patife (Stephen McNally). Eles se odeiam e isto nos chegará por meio de uma disputa, quando o primeiro tem sua Winchester, obtida num torneio, roubada pelo outro. A perseguição para reaver a arma, por exemplo, será por motivos outros, envolvendo até amor e um passado brutal. Um tanto movediço para nós, e muito por isso a Winchester, a de número 73, a grande peça de motivação do filme, ganha importância áurea. Uma arma, uma imagem em suma, que acaba orientando o labirinto humano." (Paulo Santos lima)
“Winchester 73” (EUA, 1950), de Anthony Mann, raramente é lembrado pelos fãs de faroestes como um grande clássico do estilo. Talvez esse desprezo aconteça porque Mann jamais logrou alcançar a fama de um John Ford, por exemplo. Mas os verdadeiros especialistas têm consciência da importância crucial do longa-metragem na renovação de um gênero que, após a II Guerra Mundial (1939-1945), entrara em franca decadência. No filme, Anthony Mann flerta com a mitologia do Velho Oeste sem romper com ela, mas delineia um novo tipo de personagem que se tornaria fundamental nos faroestes dos vinte anos seguintes. A rigor, é possível dizer que o alicerce dos faroestes durante as primeiras décadas do cinema foi a construção e perpetuação de mitos e lendas do período. Até a grande guerra contra os nazistas, o Velho Oeste sempre foi retratado por Hollywood como um período de forja de grandes heróis e grandes vilões. Ou seja, era o preto contra o branco. Não havia áreas de sombra entre homens bons e maus. Os bons eram seres corajosos, altruístas, quase perfeitos. Os maus eram covardes, invejosos, verdadeiros canalhas. A contribuição de “Winchester 73” ao gênero foi acrescentar a ele uma boa dose de realismo, criando o primeiro herói amargo dos faroestes. Ele é Lin McAdams (James Stewart), um caubói sem casa, acostumado a viajar sem parar pelas grandes pradarias, junto com o parceiro Waco Johnny Dean (Dan Duryea). Lin é um homem remoído pelo ódio e pelo desejo de vingança. Ele aporta em Dodge City, em 1876, à procura de um inimigo, que reconhece na figura de Dutch Henry Brown (Stephen McNally). O nome do vilão é falso, mas o resto é conhecido; os dois quase se esmurram ao ver-se pela primeira vez, em um bar. Logo ambos estão disputando o lendário e caríssimo rifle do título, em um concurso de tiro ao alvo. Lin vence a disputa, após uma contagiante briga cabeça-a-cabeça com o inimigo, mas não fica com a arma durante muito tempo. Ele é emboscado no hotel por Dutch, que foge da cidade carregando o rifle que onze entre dez pistoleiros dariam um braço para ter. Passa, então, a ser perseguido por Lin, muito mais por um motivo que permanece um enigma para o espectador, e pertence ao passado em comum de ambos, do que pela arma. O filme não acompanha exatamente a trajetória de Lin, mas sim a do rifle, que troca de mãos várias vezes durante uma jornada imprevisível e excitante. Um ponto que chama a atenção de imediato no filme é a maneira como Anthony Mann trata a mitologia do Velho Oeste. A mítica Dodge City, por exemplo, não é o templo de segurança que reza a lenda – senão, como um bandido como Dutch teria conseguido roubar Lin e fugir ileso? Da mesma forma, o xerife da cidade, o lendário Wyatt Earp, é retratado pelo filme como um homem distraído, que se apóia mais na aura mítica de que desfruta para se impor aos pistoleiros do que pela habilidade no gatilho, uma fama que jamais tem a oportunidade de comprovar. Em outras palavras, Anthony Mann foi o primeiro cineasta a questionar, ainda que de forma sutil, os mitos do Velho Oeste – e isso não é pouco. mApós lançado, “Winchester 73” ganhou fama por ter um dos pioneiros do chamado western psicológico, filão do gênero caracterizado pela composição de personagens mais densos e profundos do que o comum. É verdade. Lin McAdams pode e deve ser visto como um precursor do Ethan Edwards, de John Wayne, no futuro clássico Rastros do Ódio, outra história de vingança cometida por um homem solitário e amargo. Mesmo fora do faroeste, “Winchester 73” deixou frutos – o que dizer, por exemplo, de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, o primeiro e melhor filme do inglês Guy Ritchie, que acompanha o paradeiro de um par de armas valiosas nas mãos de uma série de personagens do submundo londrino? O recado é claro: “Winchester 73” pode ser relativamente desconhecido, mas permanece como um tesouro cinematográfico para cinéfilos de bom gosto. O DVD do filme foi lançado no Brasil pelo selo Classic Line. O disco contém apenas o filme, preservando o formato da imagem e com som de qualidade razoável . É importante ressaltar que o lançamento nos EUA, da Universal, apresenta um extra interessante e ausente do disco brasileiro: um comentário em áudio, em formato de entrevista, com o ator James Stewart, gravado em 1989." (Rodrigo Carreiro)
"A dobradinha Anthony Mann / James Stewart tem um capítulo ä parte na história do western. Juntos, diretor e ator fizeram cinco exemplares memoráveis do gênero, dos quais “Winchester 73” talvez seja a melhor. Stewart acrescentou uma nova persona à carreira, a do homem de passado obscuro, que luta contra seus fantasmas de um lado, e contra um inimigo de outro. Esse embate constante transforma seus personagens em alguns dos mais densos e humanos que o gênero concebeu. Densos por nunca se revelarem totalmente, e humanos por serem açoitados por histórias mal contadas, escondidas por trás de falas escolhidas a dedo e gestos nem sempre bem explicados. Em “Winchester 73”, esse passado é uma rusga de família que coloca irmão contra irmão, em uma perseguição implacável pontuada pela trajetória de mão em mão de um rifle Winchester 1873, Um entre mil, cobiçado por todos, que parece ter vida própria. É um personagem à parte do filme de Mann. O diretor também aproveita para inserir velhos postulados do gênero: o ataque de índios, a cavalaria, a presença do mítico Wyatt Earp como um dos personagens. É como se, não sabendo se voltaria ao gênero, ele aproveitasse para colocar a mão em todos esses elementos de uma só vez. Todos passam rasantes ao largo da caçada de Lin McAdam a Dutch Henry, o irmão renegado com quem tem contas familiares a acertar, tão fortes que transformam uma caçada até a morte em uma obsessão. A forma equilibrada como Mann insere tantos elementos, e faz o público acompanhar tanto a trajetória dos irmãos como de um inanimado rifle, é um feito. Uma p... lição de como em pouco tempo – não mais do que 90 minutos – todos esses ingredientes possam ser misturados sem tirar a unidade de uma história que é forte em si própria. Não há humor, não há quedas na narrativa, momentos de descanso ou inserções inúteis. A própria menção ao massacre de Custer pelos Sioux é um comentário breve de como velhos clichês poderiam estar mudando, apesar dele não se aprofundar nessa idéia. Tampouco as menções à guerra da secessão, episódios paralelos à maioria dos filmes do gênero que eram pouco mencionados em outras produções – posteriormente, John Ford faria menção ao fazer de seu Ethan Edwards em Rastros de Ódioum veterano derrotado do mesmo conflito. O brilhantismo de “Winchester 73” está em conseguir equilibrar todos esses elementos com uma direção segura e movimentos sempre calculados de câmera que revelam todo o domínio do espaço cênico por parte de Mann. A dobradinha ainda renderia outros momentos memoráveis, mas Mann pôde entregar seu filme com a certeza de ter visitado os elementos clássicos do gênero com uma grande dose de maturidade e muita profundidade. O que veio depois só comprovaria a força do que foi apresentado aqui." (Fabio Rockebach) - DirectorCaroline BottaroStarsSandrine BonnaireKevin KlineFrancis RenaudA chambermaid on Corsica is obsessed with chess after seeing a US expat play it lovingly with l'Américaine. She cleans his house and now also plays with him on Tuesdays.
- DirectorQuentin TarantinoStarsKurt RussellZoë BellRosario DawsonTwo separate sets of voluptuous women are stalked at different times by a scarred stuntman who uses his "death proof" cars to execute his murderous plans."Prova de Morte" parece, no início, querer mimetizar os velhos filmes B dos programas duplos. Há uma história a contar: um stunt cinematográfico dispõe-se a perseguir e matar, com seu carro terrível, moças simpáticas e sensuais .Um projeto desse tipo supõe, de saida, certa irregularidade: um tanto de modéstia da produção e um empenho apenas relativo no enredo. Isso em parte se compensa com Kurt Russell como o stunt man. O essencial, porém, vem de Tarantino e seu talento. A garota no conversivel, o carro em movimento numa estrada, é a imagem inesquecível deste filme. (* Inácio Araujo *)
"O feminismo do filme é absolutamente nojento! Tarantino encontrava o fundo do poço ao realizar este filme." (Alexandre Koball)
"O importante não é o destino, e sim a viagem para se chegar até lá. E Tarantino leva isso à risca embalado a uma homenagem aos filmes que fizeram sua escola mais underground." (Rodrigo Cunha)
"Mostra que as mulheres têm força e valor, e estão neste mundo para serem valorizadas também. Um orgasmo triplo essa história de vingança feminina." (Josiane K)
"Um filme que somente Tarantino poderia fazer. Mais que uma homenagem, traz a essência de seu cinema, com a criação de um mundo totalmente tarantinesco, longos diálogos, violência, humor negro e fortes personagens femininos. Diversão pura do início ao fim." (Silvio Pilau)
"Tarantino domina a técnica de filmagem como poucos. Os atraentes diálogos expõem sua marca registrada e a história funciona mesmo com sua aparente - mas enganosa - falta de conteúdo. É para se divertir." (Emilio Franco Jr)
"Cada filme do Tarantino é o filme que eu sempre sonhei fazer." (Luis Henrique Boaventura)
"A Prova de Morte" é uma obra de mestre, com Quentin Tarantino depurando seu estilo pós-moderno que ele exercita desde seu primeiro longa, Cães de Aluguel (1992). A referência de carros dos anos 70 é base para a história de um serial killer automotivo que persegue mulheres indefesas (e chatíssimas), No ato final, haverá um reverso e ficará mais claro quem, de fato, é verdadeiramente violento.'' (** Inácio Araujo **)
"De Meyer a Gainsbourg, um filme feito para aqueles que apreciam o que há de mais físico no cinema." (David Campos)
"O que há de melhor no projeto Grindhouse.'' (Rodrigo Cunha)
2007 Palma de Cannes - DirectorGiuseppe TornatoreStarsTim RothPruitt Taylor VinceMélanie ThierryA baby boy discovered on an ocean liner in 1900 grows into a musical prodigy, never setting foot on land."Tornatore nunca foi bom." (Demetrius Caesar)
57*1999 Globo